sexta-feira, 1 de abril de 2011

luzes como sonhos...

Toda lágrima que se foi como início de uma gargalhada, cada riso descontente, e um chamar desatento do vento por sobre sua cabeça desacordada. Cada fala desconcertante, cada gesto sem sentido, cada inspirar de oxigênio que corre contra o vento e sopra seus cabelos, entre gestos de vida e morte... Mas você se decidiu por sua necessidade irritante de vida, tanta vida que nem se pode viver exatamente. Luzes que piscam em seus olhos e te cegam para o mundo. Sonhar nunca foi o suficiente, sonhos são facilmente despedaçados, eles cansam, eles exaustam, sugam toda a felicidade, para, então, cuspir apenas restos mortais de algo que já foi importante para a vida...

(Mariana Montilha)