quinta-feira, 24 de julho de 2008

Incógnito

E todos os nossos dias passados tornaram-se algo estranho, insubstituível.
Sonho com a alegria que não posso ter,
A felicidade que me é negada,
O mundo dá mais voltas do que se espera,
As pessoas mais doces tornaram-se arrebatadoras,
Os modelos mais difíceis tornaram-se os mais baratos,
Os monstros mais medonhos tornaram-se banais,
Os sussurros mais esperados já não são como eram,
Os dias voam e as horas passam como brasa,
Os minutos já não existem, os segundos são pequenos demais.
E nada, nada é como já foi, nada ainda é, tudo se foi.

(Mariana Montilha)

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