Eu sou uma tela em branco sendo preenchida,
Sou alguém que veio ao mundo sem rumo!
Meus ideais estão mortos,
Minhas realidades, perdidas...
E eu continuo me pintando.
Bordando meu contorno com a agulha do tempo,
Sendo eu mesma por várias vidas.
Aquele meu eu passado que já não existe!
Meu eu futuro ainda está na máquina,
O meu agora é o tudo e o nada!
Eu sou uma frase incompleta,
Sou as lacunas vazias de um poema perfeito,
Uma obra de arte mal acabada.
Sou os sentimentos de alguém que amou.
(Mariana Montilha)
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