domingo, 24 de janeiro de 2010

Peças Perdidas.

Eu quero a simplicidade e a delicadeza. O que me faz feliz é a sutil realidade dividida em pedaços. O trecho desnecessário.

A voz do silêncio acima de nós, que nos faz voar para longe de nós mesmos.

Mas você disse, uma vez mais, aquelas palavras vazias que o vento leste empurrou para longe. Sussurradas contra o vidro da janela embaçada, onde gotículas de água da chuva escorriam como lágrimas perdidas, formando desenhos tristes.
E sempre houve tanto querer, sem sequer poder. Você se dopa sem ver, procurando, desesperadamente, não ser.

(Mariana Montilha)

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