Você poderia fechar seus olhos em meio a um silêncio imaginário e pisar na água salgada do mar? Quantas vezes foi capaz de olhar além do reflexo nítido do espelho e enxergar mais do que simples rostos? Contar cada poro do corpo de outros?
E seus sorrisos. Contou cada um deles? Enquanto olhos chamuscados de neblina fria enchiam-se de sentimentos. Brilhantes.
Quem é que pode conter as respostas cortantes que saem à meio fio? E cada um dos atos que as fazem quebrar. Quem já foi capaz de olhar ao lado e encarar os olhos que te vigiam noite e dia?
Já pôde se sentir caminhar sozinho? Em uma estrada sem fim visível, passo após passo, por entre a escuridão, entrecortada de feixes de luz, vindos de luminárias estendidas pelo ar.
(Mariana Montilha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário