sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Tudo, tudo, tudo.

Cadê você que tudo tem? Que tudo pode?
Que tudo grita, que tudo quer?

Onde estará, onde estará?

Meu bem amado, espalhado pelo chão.

Você que aqui ressoa, você que aqui me pede,
Você que aqui se encontra.
Que mal haverá? Que mal pode haver?

Entre as garras do mundo, eu ouço saudade.
Entre as vozes de todos, transpiro emoção,
Quaisquer que sejam. Oh, inquietação.

Insistente inquietação.
Ansiedade. Angústia. Aflição.
Desespero, loucura, escuridão.

No despertar de nós mesmos,
Quanto tempo eu o aguardo, oh maleficência,
Estranheza de meu coração!


(Mariana Montilha)

Um comentário:

flor disse...

Lindo, mas triste =)(=
Gosto dos escrios tristes, acho que eles se tornam belos...

Beijoos

[Estava eu com saudade de seus poemas]