quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Fim do desfecho.

Ao surgir de duas metades improváveis, a beleza nasce como uma flor enraizada de um amor puro, inesquecível. As metades unidas por este tempo que não se vai, jamais se separam. Um amor que nasce dessa metade é incapaz de se desfazer na incerteza.
A composição é o ar em que respiras. Seu jurar não se esvai. Sendo sincero e inocente, ele se funde ao ser humano, como nada é capaz de se fundir. Seu suicídio interior.
Com aquilo, passa-se a ser nem um terço do que já foi. A pessoa por quem se apaixonou, já não é mais quem é. Já não se encontra em sincronia...
A neve branca que, tempos atrás, caía do lado de fora da janela, hoje tornou-se cinza. Pedaços e mais pedaços de céu descolorido, que caem sobre cabeças desprevinidas. Tornando o que já foi, uma versão melhor do que é hoje.

(Mariana Montilha)

Nenhum comentário: