sábado, 6 de fevereiro de 2010

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Não sei qual é o problema, não entendo de onde vem tudo isso. Deitada em minha cama às três da manhã, contemplo a escuridão total, enquanto uma música toca baixinho no rádio ao lado da cama. Relembro cada palavra, cada gesto... e o frio na barriga volta. Me reviro novamente, sei que não vou dormir. Paro e presto atenção; Meu coração dói, apertado ali, dentro do peito. Respiro profundamente, tentando em vão, manter essa ansiedade longe de mim. Tentado não molhar o travesseiro com minhas lágrimas novamente. Manter à distância todos esses sentimentos que me fizeram quebrar.
Olho em direção ao telefone silencioso. Por causa da escuridão, eu não o vejo, mas sei que está ali... mudo. O frio na barriga novamente.
Tiro o travesseiro que apoia minha cabeça, viro de lado na cama e coloco ele entre as pernas, enquanto meus braços envolvem a outra ponta. Abaixo minha cabeça e afundo-a no travesseiro... Minhas lágrimas finalmente conseguem ver-se livres de sua prisão.
Pois é, é assim novamente... Mas eu já não sei o que fazer, nem como tampar a dor. Como esconder a tristeza. Mas quem pensei se importar já nem se encontra mais aqui.

(Mariana Montilha)

2 comentários:

Atila Ferreira disse...

seu jeito de escrever é muito down para um template tão feliz.

dá próxima vez eu te ligo para não ficar olhando, no escuro, para um telefone silencioso.

;*

jenifer. disse...

esse é verdadeiramente lindo *-*