sábado, 21 de novembro de 2009

Sintonia de tempo

Tempo. Engraçado como ele engana, não é? Você sai para a rua do esquecimento, você pisa em sua calçada encharcada de água de um tempo passado, onde o vento insiste em fazer fios de cabelo voarem em seu rosto. Você olha para os dois lados, assegurando-se de que nada vai te atingir. Mas o tempo... Ah, esse eterno brincalhão! Ele não pára. Nem por você, nem por ninguém. Ele te envolve... Você se entrega, deixa-se levar.
Ninguém pode te culpar, afinal de contas. Se o único culpado é o tempo, traiçoeiro tempo.
Você se esquiva, corre... com medo.
As feridas abertas com o tempo, também são fechadas por ele. Mas não há como fugir de tais ecos. Quando o vento chega à você e nenhuma das pessoas a sua volta são reais... As sombras se dissolvem em granulados de ar inexistentes.
A luz ou a escuridão que doma a vida. O sol ou a chuva. Os carros que passam, descontrolados, por todos os lados. Não há como prever. Você não sabe para onde vai, sequer sabe onde está.

(Mariana Montilha)

Um comentário:

Anônimo disse...

È senhorita vc tem toda a razão, o tempo ele dá e tira quando quiser e o que quiser...

beijos suavez.