sábado, 12 de dezembro de 2009

Dois em um...

Verdade moderna, mentira completa.

Você mentiu mais uma vez.
Nessa noites estrelada, sua mentira,
Com modos de verdade,
Ecoou para um vazio comedido.

Um vento que passava fez
a mentira ir para além.
Quando a pessoa ouviu...
Que coração partiu?

Quem se foi novamente?
Era tanto pesar.
Mas o distante se aproximava,
O que era falso, real ficava.

Seus passos ecoavam em sintonia,
As palavras em tom ameno
denunciavam a nostalgia.

Qual foi sua verdade em vão?
Onde esteve seu coração?
Indigno de memórias erradicadas.
Quem se importa, então?

...


Frio da existência


Neste quarto fechado, rodeado de paredes tingidas de sangue; Alguém esfrega as mãos no rosto... cansado. Seus olhos molhados pelo tempo percorrem a extensão do lugar. Ele pisca algumas vezes, parece não acreditar... a criança dentro de si ainda implora por brincar. As paredes de portas fechadas se contorcem. As maçanetas estão destruídas. Por um tempo fora de si mesmo, onde o vento possui cores. Onde já não se pode viver. A mancha na parede do tempo, exposta como uma doença contagiosa, sufoca seus sentidos. E a voz que sai por detrás dela, te faz chorar lágrimas de revolta, pela saudade sentida, pela morte não compreendida. Por toda confusão desmedida.

(Mariana Montilha)

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